Fundado em 2001 na cidade de Londrina, o Studio Guilherme Torres foi transferido para São Paulo depois de uma década. Durante seus primeiros anos na capital paulista, ocupou parte de sua residência, uma pequena casa modernista erguida nos anos 40. Em 2018, atravessou uma importante fase de renovação e estabeleceu-se em sua atual sede nos Jardins, onde o arquiteto fundador reformou completamente a residência para ser uma extensão da sua criatividade, um caldeirão de ideias onde sua equipe dá vida à imaginação, sem perder o olhar esteticamente afiado e ímpar que marca as criações do estúdio.

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"A arquitetura começa quando você coloca os tijolos juntos". Esta citação de Mies van der Rohe mostra o elemento principal do projeto. Na fachada cega, voltada para a Alameda Gabriel Monteiro da Silva, corredor de decoração mais importante do país, uma grande empena com aproximadamente 25 mil tijolos assentados de modo “caipira”, nas palavras de Guilherme, são uma lembrança da beleza inerente do material, básico e primordial na arquitetura vernacular brasileira. Na face voltada para rua João Moura, um complexo trabalho de assentamento chama a atenção dos transeuntes. Várias definições já foram dadas, mas o arquiteto adora a definição de “crochê em tijolos”.

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O edifício de 140 m² tem dois pavimentos. O térreo é composto por uma galeria, projetada para receber exposições de arte, e uma sala de reunião, banhada pela luz natural durante todo o dia.

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 Os dois espaços são divididos por portas pivotantes de madeira.  Com piso revestido em madeira e paredes em mármore, o ambiente brinca com um jogo de sombra e luz, com a predominância da combinação clássica entre preto e branco e a instalação de zenitais na sala de reuniões, que refletem formatos geométricos na sala conforme a luz do sol vai de leste a oeste durante o dia.

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O pavimento superior é onde a mágica acontece, e a equipe trabalha em conjunto para desenvolver novos conceitos e projetos. A marcenaria na cor preta contrasta com as paredes brancas e em cortiça, que servem como pano de fundo para rascunhos, cronogramas, ilustrações conceituais e trabalhos em andamento, pendurados e enquadrados como obras de arte.