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O arquiteto Guilherme Torres acompanhou o jovem casal desde o processo de compra do imóvel – uma residência de 463m², construída nos anos 80 no coração de um tradicional bairro paulistano – até a finalização do projeto desta ampla reforma. O desejo dos futuros moradores era o de atualizar a arquitetura da casa ao seu estilo de vida, tendo em vista a vinda de filhos.  

 
A residência apresentava o programa ideal para a família, mas tinha uma planta totalmente compartimentada. O arquiteto optou por abrir o maior número de vãos e integrar os espaços. Desde o início foi decidido aproveitar o que fosse possível do imóvel. As esquadrias de madeira, por exemplo, são as originais, devidamente tratadas e pintadas.  

 
A intervenção mais radical ficou no piso inferior. O antigo salão de jogos foi integrado à varanda, criando uma área de convivência completa, com living, uma grande mesa de refeições e outras mobílias, todas construídas em concreto. Esta decisão poupou recursos, além de imprimir grande escala e monumentalidade a arquitetura da casa. 

 
Originalmente todos os forros eram de madeira e a casa possuía um pé direito muito baixo. A demolição revelou um belo vigamento em concreto aparente. A partir deste elemento, uma sequência de pilares foi desenhada envolvendo toda a área externa da construção, criando uma geometria muito especial, de onde veio o nome da obra, Casa Paralela.  

 
Outra assinatura do arquiteto no projeto foi o uso de pouquíssimos materiais de acabamento. Nesta morada, todos os pisos foram revestidos de granito branco levigado, inclusive a piscina. Uma pintura em cimento polimérico renovou as estruturas em concreto aparente, e as “cintas metálicas” que envolvem a arquitetura externa foram pintadas num tom grafite.  

 
O ponto alto da área de lazer é o projeto de paisagismo de Alex Hanazaki – muito amigo do casal e também de Guilherme. “Nossa sintonia de trabalho fica evidente nesta casa. O projeto de paisagismo só empregou três espécies, já que o intuito era harmonizar e ressaltar a arquitetura”, disse Guilherme.  

 
Nas áreas do living, os espaços antes pouco iluminados ganharam ampla luz natural depois da retirada do forro de madeira. As peças de mobília são de autoria de Guilherme, que também assina os interiores. A maior surpresa veio durante o período de mudança: a proprietária descobriu que estava grávida, e de gêmeos! E na esteira de boas surpresas do destino, no dia em que as fotos foram feitas, as crianças nasceram. Sincronicidade do início ao fim! 

PROJETO

PARALLEL HOUSE

ÁREA TOTAL

463m²

ANO DE CONCLUSÃO

2018

LOCALIZAÇÃO

SÃO PAULO, SP, BRASIL

ARQUITETO LÍDER

GUILHERME TORRES

PAISAGISMO

ALEX HANAZAKI

FOTOGRAFIA

DENILSON MACHADO ─ MCA STUDIO

O arquiteto Guilherme Torres acompanhou o jovem casal desde o processo de compra do imóvel — uma residência de 463 m2, construída nos anos 80 no coração de um tradicional bairro paulistano — até a finalização do projeto desta ampla reforma. O desejo dos futuros moradores era o de adequar a arquitetura da casa ao seu estilo de vida, tendo em vista a vinda de filhos. 


A residência apresentava o programa ideal para a família, mas tinha uma planta totalmente compartimentada. O arquiteto optou por abrir o maior número de vãos possível e integrar os espaços. Desde o início foi decidido aproveitar o que fosse possível do imóvel. As esquadrias de madeira, por exemplo, são as originais, devidamente tratadas e pintadas. 


A intervenção mais radical ocorreu no piso inferior. O antigo salão de jogos foi integrado à varanda, criando uma área de convivência completa com living, uma grande mesa de refeições e outras mobílias, todas construídas em concreto. Essa decisão poupou recursos, além de imprimir grande escala e monumentalidade a arquitetura da casa.


Todos os forros eram originalmente de madeira e a casa possuía um pé direito muito baixo. A demolição revelou um belo vigamento em concreto aparente. A partir deste elemento, uma sequência de pilares foi desenhada envolvendo toda a área externa da construção, criando uma geometria muito especial, de onde veio o nome da obra, a Casa Paralela. 


Outra assinatura do arquiteto foi o uso de pouquíssimos materiais de acabamento. Nesta morada, todos os pisos foram revestidos em granito branco levigado, inclusive a piscina. Uma pintura em cimento polimérico renovou as estruturas em concreto aparente, e as “cintas metálicas” que envolvem a arquitetura externa foram pintadas em um tom cinza grafite. 


O ponto alto da área de lazer é o projeto de paisagismo de Alex Hanazaki — muito amigo do casal e também de Torres. “Nossa sintonia de trabalho fica evidente nesta casa. O projeto de paisagismo só empregou três espécies, já que o intuito era harmonizar e ressaltar a arquitetura”, disse o arquiteto. 


Nas áreas do living, os espaços antes pouco iluminados ganharam ampla iluminação natural depois da retirada do forro. As peças de mobília são de autoria de Guilherme, que também assina os interiores. A maior surpresa veio durante o período de mudança: a proprietária descobriu que estava grávida, de gêmeos! E como nas boas surpresas do destino, no dia em que as fotos foram feitas, nasceram as crianças. Sincronicidade do início ao fim!

PROJETO

PARALLEL HOUSE

ANO DE CONCLUSÃO

2018

 

ÁREA CONSTRUIDA

463m²

 

LOCALIZAÇÃO

SÃO PAULO, SP, BRASIL

 

 

FOTOGRAFIA

DENILSON MACHADO ─ MCA STUDIO

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