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O terreno de 2.700 m² num condomínio em Cotia, na região metropolitana de São Paulo, apresentava uma atração e um desafio: uma figueira centenária cravada no centro do terreno. Também conhecida como Árvore da Vida, é a primeira planta descrita na Bíblia, quando Adão e Eva utilizaram folhas suas folhas para costurarem suas vestimentas, após comerem o fruto do conhecimento. Simboliza a castidade, a moral e a imortalidade.

Projetada para um casal maduro, que ocasionalmente recebe os filhos que moram fora, todo o programa da casa foi distribuído em torno da árvore, que possui um diâmetro de 15 metros de copa. O lote apresentava um declive íngreme em relação ao nível da rua, o que se tornou um partido do projeto. Ao trafegar pelas vias do condomínio, a construção mimetiza-se ao paisagismo. 

 

Os blocos foram distribuídos circundando o pátio criado em torno da figueira e foram organizados por suas funções. Uma grande estrutura em aço corten forma a cobertura da garagem, que também delimita o acesso para a residência. Para vencer o desnível entre a garagem e o restante da construção, uma rampa em plurigoma amarela conduz suavemente ao volume do living, que se abre tanto para o pátio como para a área da piscina. Perpendicularmente a este volume, outro prisma organiza o setor dos dormitórios. 

Os materiais foram aplicados em seu estado natural, como o aço corten e o concreto aparente da parede que ancora a rampa. Em contraste a estes materiais brutalistas, mármore travertino e planos brancos criam enquadramentos sutis, deixando em primeiro plano a exuberância da paisagem existente, que norteou todo o projeto – um éden tropical e particular. 

PROJETO

GARDEN HOUSE

ÁREA CONSTRUÍDA

896 m²

ANO DE CONCLUSÃO

2018

ARQUITETO LÍDER

GUILHERME TORRES

PAISAGISMO

ALEX HANAZAKI

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